quarta-feira, 23 de abril de 2014

Caminho de Emaús: Caminho de Cura

Hoje, 23/4/1014, temos a leitura de Lucas, que narra a história dos discípulos de Emaús!
Que tantas vezes somos nós e Cléofas que andamos juntos, sem esperança!

O curso Emaús foi marcante na minha história, a Palavra dEle ardeu meu coração e nunca mais fui o mesmo!

O caminho de Emaús mais que um caminho histórico, é um caminho que a nossa vida passa: sem esperanças, de trevas e de dúvidas!
Mas quando o Ressuscitado explica as escrituras, ELE SE EXPLICA, e todas as dúvidas se passam!

O caminho de Emaús é mais que um caminho, é um caminho DE CURA INTERIOR, que ao partir do Pão entendemos aquilo que antes não conseguíamos ver: a cegueira não mais existe! E podemos voltar correndo para a nossa nova Jerusalém da nossa história, contemplando o novo em nós!

Fiquem com Deus!

Iury


quinta-feira, 13 de março de 2014

Formação - São José

Ao meditar sobre São José, o meu coração se enche de amor sem nenhum esforço de minha parte, porque deste homem emana somente amor. O seu coração só sabe fazer uma coisa: amar. Do coração de São José jorra amor como uma cachoeira que jorra água em abundância. Este amor acontece tão suavemente em seu coração, como suavemente nasce o sol. Dentro do seu coração existem sentimentos tão nobres que chego a pensar que o coração de São José não é igual  ao dos outros homens.
É difícil não entrar em contemplação ao Pai diante de São José, pois ele verdadeiramente é um dos filhos mais nobres de Deus Pai. Posso concluir inclusive que não poderia ser outra pessoa aquele a quem o Pai confiou os seus dois maiores tesouros: Maria e Jesus.
O Pai, que só é amor, dá a seus filhos infinitas e maravilhosas graças. Dele só emana o que é belo, santo, bom… riquezas incalculáveis! Por isso, São José é mais uma prova do amor divino para com os homens. Ele foi escolhido pelo Pai para ser instrumento importante na salvação da humanidade. Foi preciso para isto que São José abdicasse de seus planos pessoais, de seus sonhos, de sua vida. E ele soube fazer isso com tanta honra e dedicação! Ao tomar conhecimento do plano do Pai, ele esquece de si mesmo, e embora vivendo uma situação desconcertante, vai até o fim, sem medo, sem vacilar.
São José, homem temente a Deus, e por isso mesmo homem que perscruta o coração de Deus, que sabe qual é a Sua vontade, homem que sabe exatamente o que não agrada ao seu Pai de amor. Esse temor o leva a afastar-se das ocasiões de pecado, porque o temor a Deus o leva a ter horror de ofendê-lo.
Esse temor não é um temor servil, pelo contrário, é um dom infuso que capacita aquele que o tem a amar a Deus com amor profundo e comprometido, incondicional, sem divisão, esponsal. Olhando para o homem contemporâneo, será que encontramos nele o temor do Senhor? Em poucos! Por isso mesmo não conseguem ser aquilo para que Deus o criou: Filho de Deus.
Ao colocar Jesus em seus braços, São José compreendeu que a paternidade humana tem sua fonte na paternidade divina. Nenhum homem pode ser pai se não for um chamado divino e essa paternidade só é verdadeira se for vivida aos moldes da paternidade de Deus. São José compreendeu que havia sido escolhido por Deus para ser o pai adotivo de Jesus. Então, como São José viveu a paternidade?
Totalmente como o Pai do céu a viveria: sem egoísmo, sem dominação, com muita compreensão, esquecendo-se de si, sem violência… da forma que vive alguém que se reconhece pequeno, silencioso, sem nenhuma atitude que chame a atenção sobre si. Fiel a Deus e à sua família. Agradecido a Deus Pai pela paternidade que lhe confiara, por ter sido escolhido por Ele para ser o provedor de sua família, pelo pão de cada dia, por ter sido chamado a amar incondicionalmente, além de seus limites.
E que modelo de pai encontramos hoje, dois mil anos depois? Será que encontraremos facilmente outros Josés? Talvez! Esta é uma resposta difícil de ser dada, porque sabemos que a maioria dos pais hoje não possuem um coração como o de São José, antes, possuem um coração fechado para a doação de vida, capaz de levá-los à ruína, e assim, também a sua família. Hoje encontramos, na maioria das vezes, uma paternidade completamente distorcida, distante daquela que o Pai ao criar o homem o chamou a viver, distante como é distante o nascer do pôr-do-sol.
Hoje os pais perderam o respeito pelos seus filhos, os pais traem os seus filhos, em muitos casos não se sentem responsáveis pelo sustento de suas famílias ou se acham com o direito de tirar o pão de cada dia de seus filhos para satisfazer as suas paixões desordenadas. Ou ainda, pais que vivem para trabalhar, apegados ao dinheiro, sem tempo para os filhos, para os momentos de lazer e diálogo.
Encontramos também pais que se voltam inteiramente para a sua vida conjugal, para a sua esposa, como se no mundo só existissem os dois e não deixam o espaço que é necessário para darem a atenção aos filhos. Pais violentos, carrascos, com o coração cheio de maldade, completamente obstinados pela sua crueldade. Esses são tão distantes de São José, modelo para os que querem ser pais segundo o coração de Deus, direção para os que querem confiar somente em Deus, ânimo para os que ainda não crêem que o Pai dá o pão de cada dia.
São José, esposo terno, compreensível, amoroso, que não pensa em si, que só sabe amar Maria, sua esposa, filha predileta de seu Deus. José, esposo de Maria, fiel e presente sempre, dom permanente de amor para os seus dois queridos que, livres das fraquezas e do pecado, acolhiam com caridade generosa suas imperfeições e fraquezas.
São José, esposo de Maria, que em toda prova foi fiel; ele, o mais fraco dos três, o único imperfeito, foi perfeito pai e esposo. Olhando para o homem de dois mil anos depois, encontramos facilmente esposos como São José? Capazes de amar suas esposas como Cristo amou a Igreja? De apresentá-las sem manchas nem rugas?…
São José, homem fiel ao ofício de carpinteiro, exercido para contribuir com o sustento de sua família, mas ao mesmo tempo consciente de que quem os sustentava era seu Pai de amor, que sustenta os pássaros do céu, que veste os lírios dos campos com vestes mais bonitas do que as do rei Salomão. São José, homem que confiava inteiramente na providência divina. Desapegado de tudo, apegado apenas em fazer a vontade de Deus e em fazer sua esposa e seu filho felizes.
São José, que nada possuía, abriu espaço para a visita da divina providência. Quem não se lançar nas mãos de Deus, quem não reconhece que tudo o que tem é providenciado por Deus, é incapaz de abrir espaço para esta nobre visita. Como se relacionam os homens de dois mil anos depois em relação ao dinheiro, ao trabalho?… Conheço muitos que são escravos do trabalho, do dinheiro, avarentos, apegados, não conseguem partilhar a vida com os que nada possuem, completamente fechados em si mesmos, preocupados com o futuro.
Visando apenas lucro, lucro, lucro… escravizam seus empregados ou se deixam escravizar por seus patrões, não têm tempo para as suas esposas, não percebem o crescimento de seus filhos, pois a luta em conquistar a riqueza os cega. Os homens vivem em suas selvas de pedras, cada vez mais competindo uns com os outros, invejosos, fraudulentos, desonestos, corrompidos…
Se você, ao ler este artigo, escrito sem nenhuma pretensão de minha parte, percebe que se enquadra em algum aspecto descrito, tenha certeza de que Deus, através de São José, quer falar-lhe ao coração. Você nasceu com direito à felicidade. Você nasceu com direito à paz. Você pode até dizer em seu coração: “Ela assim escreve porque não vive a vida que eu vivo”… “Se eu não trabalhar a minha família e eu morremos de fome”… “Ela não conhece a minha esposa”… “Ela não conhece os meus filhos”… “Ela não sabe de minha vida”.
É verdade, mas uma coisa posso dizer: Não existe vida mais feliz do que a daquele que esquece-se de si para doar-se ao outro; que tudo faz para que o outro seja feliz; que sabe partilhar dores, bens, alegria, presença; que percebe dia após dia o crescimento dos filhos; que está atento às suas necessidades; que ama sem cobrança ou condições sua esposa ou esposo; que não cobiça os bens dos outros; que não entra nesse jogo sujo que a sociedade moderna chama de progresso.
Olhando para a vida do homem de hoje que vive na era do progresso, podemos afirmar que este progresso corresponde à sua felicidade e realização? Com certeza não! Podemos chamar de progresso o crescimento tecnológico, o desenvolvimento da ciência e de tantas outras coisas que você pode até saber mais do que eu? Sim! Mas paralelo a este progresso, infelizmente, humanamente o homem está regredindo, o homem não é feliz, existe dentro do seu coração um grande vazio e, digo isto porque, como consagrada na Comunidade de Aliança Shalom há 13 anos, atendendo a casais, jovens, adultos, pobres, doentes… que nos procuram para uma oração, uma palavra amiga… constato que os homens assim se encontram.
Faça diferente, faça como São José, suplique sua ajuda, ele é o provedor, o intercessor das famílias, dos pais e esposos que anseiam por viver a vontade de Deus como ele: abandonando todo plano pessoal, obedecendo sempre ao Pai, amando sempre, servindo sempre. São José, pai de Jesus, casto esposo de Maria, rogai por nós!
Comunidade Shalom

Cursos 2014 - EESA Olinda - Paróquia Assunção de Maria

Curso João - 1 a 4 de maio de 2014



Curso Maria - 23,24,25,26 e 27 de julho de 2014


Curso José Sonhador - 24 a 26 de outubro de 2014



Curso Emaús - 5 a 7 de dezembro de 2014




Curso Nova Vida - 14 a 16 de fevereiro de 2014

Nos dias 14 a 16 de fevereiro vivemos o curso Nova Vida para 42 jovens na ETE Janga - José de Alencar!
Deus se fez de experiência profunda para todos cursistas e equipe!

O Curso Nova Vida foi um marco para cada jovem que viveu uma profunda experiência com o Amor de Deus e com o Kerygma de Jesus!
Finalizando o curso com a Santa Missa na Paróquia Assunção de Maria

Seguem algumas fotos!
O coordenador do curso foi Carlos Alberto e Direção Mayra Brito!













quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 22/01/14



Catequese com o Papa Francisco - 22/01/14
CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Queridos irmão e irmãs,

Sábado passado iniciou-se a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que se concluirá sábado próximo, festa da conversão de São Paulo apóstolo. Esta iniciativa espiritual, mais do que nunca preciosa, envolve as comunidades cristãs há mais de cem anos. Trata-se de um tempo dedicado à oração pela unidade de todos os batizados, segundo a vontade de Cristo: "que todos sejam um" (Jo 17, 21). Todos os anos, um grupo ecumênico de uma região do mundo, sob a condução do Conselho Ecumênico das Igrejas e do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, sugere um tema e prepara subsídios para a Semana de Oração. Este ano, tais subsídios são provenientes das Igrejas e comunidades eclesiais do Canadá, e fazem referência à pergunta dirigida por Paulo aos cristãos de Corinto: "Então estaria Cristo dividido?" (1 Cor 1, 13).

Certamente Cristo não está dividido. Mas devemos reconhecer sinceramente e com dor que as nossas comunidades continuam a viver divisões que são um escândalo. As divisões entre nós cristãos são um escândalo. Não há outra palavra: um escândalo. "Cada um de vós – escrevia o apóstolo – diz: "Eu sou de Paulo", "Eu sou de Apolo", "E eu de Cefas", "E eu de Cristo"" (1, 12). Mesmo aqueles que professavam Cristo como seu líder não são aplaudidos por Paulo, porque usavam o nome de Cristo para separar-se dos outros dentro da comunidade cristã. Mas o nome de Cristo cria comunhão e unidade, não divisão! Ele veio para fazer comunhão entre nós, não para dividir-nos. O Batismo e a Cruz são elementos centrais do discipulado cristão que temos em comum. As divisões, em vez disso, enfraquecem a credibilidade e a eficácia do nosso compromisso de evangelização e arriscam esvaziar a Cruz do seu poder (cfr 1,17).

Paulo repreende os coríntios pelas suas disputas, mas também dá graças ao Senhor "por causa da graça de Deus que vos foi dada em Cristo Jesus, porque Nele fostes enriquecidos de todos os dons, aqueles da palavra e aqueles do conhecimento" (1, 4-5). Estas palavras de Paulo não são uma simples formalidade, mas o sinal que ele vê antes de tudo – e disto se alegra sinceramente – os dons feitos por Deus à comunidade. Esta atitude do Apóstolo é um encorajamento para nós e para cada comunidade cristã a reconhecer com alegria os dons de Deus presentes nas outras comunidades. Apesar do sofrimento das divisões, que infelizmente ainda permanecem, acolhemos as palavras de Paulo como um convite a alegrar-nos sinceramente pelas graças concedidas por Deus a outros cristãos. Temos o mesmo Batismo, o mesmo Espírito Santo que nos deu a Graça: reconheçamos isso e nos alegremos.

É belo reconhecer a graça com a qual Deus nos abençoa e, ainda mais, encontrar nos outros cristãos algo de que necessitamos, algo que podemos receber como um dom dos nossos irmãos e irmãs. O grupo canadense que preparou os subsídios desta Semana de Oração não convidou as comunidades a pensarem naquilo que poderiam dar a seus vizinhos cristãos, mas os exortou a encontrar-se para entender aquilo que todos podem receber de tempos em tempos dos outros. Isso requer algo a mais. Requer muita oração, requer humildade, requer reflexão e contínua conversão. Sigamos adiante neste caminho, rezando pela unidade dos cristãos, para que este escândalo seja exterminado e não esteja mais entre nós.